sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2010

Apenas 12 horas pra acabar o ano e já inicio um balanço geral de como foi esse ano pra mim.

  • Mais um ano de faculdade concluído e rumo ao tão sonhado diploma e a festa de formatura. Ainda tenho chão, mas sigo firme e forte em mais um objetivo.
  • Uma promoção inusitada, propostas de estágio e o reconhecimento de um trabalho bem feito. Isso é tudo que um profissional espera do seu futuro.
  • Oportunidades para desenvolver um lado artístico que antes era sufocado pela rotina (Vide minha banda:"Trëma Livrë"  http://www.funmusic.com.br/banda/?id=630 ) . Hoje, escrevo músicas e desenvolvo textos para este blog que serve de registro pessoal.
  • Tomei decisões difíceis, mas fiquei feliz por conseguir dizer o que sinto, não importa o que achem de mim.
  • Hoje, passo o final de 2010 com pessoas que me viram crescer e aprenderam a gostar de mim como sou.
  • É...2010 pode se resumir como um ano divisor de águas para mim, mas creio que 2011 será mais incrível do que esse ano foi. Afinal, 2010 foi um ano onde o progresso bateu à minha porta.
  • Tenho meus pais ao meu lado, apesar de não ser o filho que mais demonstra o amor, sinto por não fazer mais do que posso no momento, mas vou me tornar grande para tentar retribuir o que me deram com tanto amor...
  • Meus amigos... Bom, para esses, eu deixo meu silêncio sincero, pois eles sabem que são os irmãos que me ensinam e ajudam a superar os obstáculos da vida.
  • Resumo de 2010: "Recomeço".

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

5 anos...

..."E se passaram 5 anos
Mas ainda dói tanto como se fosse agora
Olha eu aqui sozinho
Será que me enxergas de onde está?
Sua vista ainda é boa como antes?
Que vê a minha angústia e o meu pessimismo
Mesmo de outro país
Mesmo de outro universo

Ah
Sou tão infantil e medroso
Tão bobo e avoado

Cadê você?
Que me guiava em cada palavra
De ira e rebeldia
Mulher cheia de vida
Vive em meu coração
E eu, morto que ainda respira

Apenas vivo dia-após-dia
Sem tesão pela alegria
Com preguiça de buscar
A utopia da felicidade

Diferente de você
Que encontrou a felicidade
Nos caminhos que trilhou
Deixou o seu rastro de amor
E tudo o que restou
Na parede, o seu retrato

Amanhã eu vou acordar
e respirar por mais um dia
E dormir pra passar o dia
Aquele dia ainda fica
Doído e triste
Marcado no meu peito

E destruiu nossa família
E acabaram-se os sonhos
Que deram lugar a outros sonhos
Artificiais e sem sentido
Eu não mereço ser vivo

Ao menos, gostaria de escrever
Algo que se compare à uma ode
Aquilo que representa o seu legado
Mas parei no tempo e não quis mais crescer

Ai...
Dói...
E não vale a pena...
Deixa eu sofrer
Pois gosto de sofrer
Pois isso me faz lembrar
Faz-me manter viva
A imagem de você...

Trëma Livrë - Motivos

Pelas ruas, ando só
Talvez seja pra espairecer
Um mundo de ideias loucas
Trazidas ao soprar do vento

Rejuvenesce algo pleno
Surge algo sereno
Parece que vai além
Externou algo do meu eu

É tão importante e vital
A presença desse sentimento
Mais uma letra pra lembrar
Mais uma dose para esquecer
Pondero os lados
Para não desvanecer

À procura de você
Tento encontrar
Um rumo pra me pôr no eixo
O planeta em seu lugar
Um motivo pra encarar
Você de frente

Me esquivo dos carros
Nem sei bem o porquê
Talvez eles me levem, desloquem-me
Para um universos mais além
Um caminho diferente
Do que aquilo que era pra ser

É tão importante e vital
A presença desse sentimento
Mais uma letra pra lembrar
Mais uma dose para esquecer
Pondero os lados
Para não desvanecer

À procura de você
Tento encontrar
Um rumo pra me pôr no eixo
O planeta em seu lugar
Um motivo pra encarar
Você de frente

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Ía,ía...Eu Ía...Mas e se não fosse? Você ia?

Precisava separar
Suas cores de suas matizes
Os tons de seus semitons
O oxigênio da água
A minha vida da sua vida

O sorriso da alegria
E, quem sabe, um dia
Viver em harmonia
Chamar sua casa de minha

A foto de nossos filhos
Atadas à geladeira da cozinha
Na mesa de jantar juntaria
Reunião de família

Como feliz a vida seria
Se pudesse separar
O real da fantasia
Tornar a coisa mais sadia
Tanto quanto mente e coração

Do trabalho árduo que faço
Me esqueço do imaginário
Demasiado é o cansaço
Que da força necessito

Pois é o laço que habita
Dentro dessa minha mente
Vã, vil e vazia
Feliz talvez eu viveria

Acéfalo inconsciente
Entregue a lobotomia
Viver dia após dia
Um corpo sem pretensões
Uma mente sem gritaria
Um coração sem euforia

Um pseudo-eu
Que graça teria?

domingo, 5 de dezembro de 2010

Vale a pena?

Desenhei o espaço
Tracei nele uma linha
Que me leva direto a você
E me entrego

Conquistei algo em seus olhos
A confiança e cumplicidade
Algo que nos envolve
Nos faz ser algo mais
Me pergunto:

Vale a pena deixar de ser eu
Por um pouco de atenção
Por um minuto, ser você
Por cada dia que me drogo
Pelo amor de Deus, me deixa
Fugir pra longe de você

Porção de males que destroem
Vívida alma que o desejo consome
Da misericórdia que clamo
Rogo pelo fim dessa jornada

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Runaway (2º ato)

Olhos embriagados, porém atentos
Custava a identificar
Aquela cena muito vista
Por apenas em pensamentos

Optava pela dúvida
Entre um sonho e/ou pesadelo
Este pelo momento
Aquele pela realidade

De gestos conhecidos
De mais uma sina
Que imploro pelo ato de encenar
O coelho que cai na armadilha

Que torna-se janta da família
Desejo que grita
Leva a mão à boca aflita
Corre distante o coelho

Longe da chegada
Distante da saída
Ele, insistente, não desiste
Assim como os olhos embriagados
Acompanham os números da Mega"sina"

domingo, 14 de novembro de 2010

Levíticos, cap.26, versículo 1984

... “A multa eclesiástica
Hei de um dia pagar
Atos pecaminosos
A religião há de me sentenciar

O tombo foi lúgubre
Precedeu o ósculo tanto desejado
A contração foi concluída
Estava efêmero e amaldiçoado

A conseqüência do ato falho
Sobrecarregou o miocárdio
O diagnóstico final era iminente
Amor agudo e fulminante

Ambos somos anjos caídos
Remôo o desejo da repetição
Atiro-me contra seu corpo ao abismo
Começo um ritual de iniciação

Palpitações sísmicas
Ritmo desconexo
Cometo algo ilícito
Que me leva do céu pro inferno

(...)

As lentes dos óculos riscaram-se
Sobre a tela do monitor
Sua vestimenta verde-água é a prova
De que sou um réu merecedor

Confesso o meu deslize
Assinalo o espaço em branco
Na lista dos sete pecados
A testemunha é meu anjo” ...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Rugas fúteis trilíngue (by Google translator)

..."Recuperar o ritmo perdido
Ao contrário do compasso
Do dever ainda não cumprido
Vai de encontro ao que faço

Acreditei na doutrina
Mas não condiz com o que seduz
Faz de um tudo por um muito
Para o horário, resta pouco

Quase hora de ir embora
Quase um tempo que ainda resta
Do finito que é a juventude
Da beleza que se expressa

Empurra e puxa,
Estica e bate
Está o veículo sem freio
Gado pronto para o abate
De presente, uma surra
Imagine se sangrasse
Do medo da hemorragia
Tudo novo, nova idade

A adolescência foi-se cedo
Mas a ideia permanece
Não sei por que não amadureço
Permaneço bobo e velho

Rugas tênues surgem
Na testa ao franzir
O diabo logo me chama
Quase na hora de partir

Cansei-me do excesso, do alarde
Do drama da trama juvenil
Me pondo a pensar nessa vida
Infantiloide, maniqueista e sem escrúpulos

Chega de dados
Guardem as cartas
O tabuleiro fechado
Aprendo a arte do descaso

Lemme stop fooling around
Welcome to adult´s world
This is real life
Sad for what is worth

Ich träumer inamer noch
mit einem kuss
With the reality in front of me
Telling me what I want to be
Vivendo dia após dia
Aprendendo tupí-guaraní
Sem que meu velho cérebro dê um nó"...

sábado, 6 de novembro de 2010

Runaway (1º ato)

Ambos em silêncio
Os amantes olham como quem grita
Respirando como alguém que corre
O coelho assustado foge

Foge de medo do caçador
Vive o pesadelo de ser caça
Ele esconde-se pela casa
Onde há um labirinto

Não há luta para sair
Quando sai, procura abrigo
Onde o animal se esconde
Na bala impressa, seu próprio nome

Em seu couro encravada
De onde brota a cor bordo
Vermelho sangue, a cor do amor
Símbolo dos apaixonados
Tão igual ao do coelho
Que ambos compartilham
Selados pela mesma dor

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Em "Casa" - Uma estória

Ela acreditou
No fundo de seu coração
Que o destino reservava-lhe
Algo de especial

Sem pestanejar
Seguiu seus sentimentos
Como um rio
Que deixa sua manancial

Jovem e, com pouco dinheiro no bolso
Rica de vontade de vencer
Seu codinome era perseverança
E a paixão que carregava em seu peito
Ditava o ritmo de seus passos
Em direção ao sucesso

Errava muito em suas escolhas
Chorava igual criança
Por estar longe de quem mais ama
Mas mantivera em sí
Um objetivo certo

Ainda moça
Dona de sua própria vida
Deixou seu mundinho

Desbravadora
Louca, grita
Maltrapilha é o seu estilo

Ensinou a muitos como amar
Mas não quis se apegar


Ainda moça
Dona de sua própria vida
Deixou seu mundinho

Desbravadora
Louca, grita
Maltrapilha é o seu estilo

Várias lembranças vai criar
Por onde ela passar

Conheceu os tipos mais diversos
De demônios que assombravam seu caminho
Enfrentou turbulências
Tempestades de incertezas racionais
Que apavorava seu subconsciente

Suas vitórias foi arremelhando uma a uma
Mas ainda não alcançou 
Seu objetivo maior:" Ser feliz"
Ela, um dia, olhou pra trás

Descobriu que havia felicidade 
Em todos os lugares
Passou por todas as gentes que conheceu
Todos os sentimentos que experimentou

Voltou feliz para casa
Contou-lhe tudo que ocorreu

Ainda moça
Dona de sua própria vida
Deixou seu mundinho

Desbravadora
Louca, grita
Maltrapilha é o seu estilo

Ensinou a muitos como amar
Mas não quis se apegar

Ainda moça
Dona de sua própria vida
Deixou seu mundinho

Desbravadora
Louca, grita
Maltrapilha é o seu estilo

Várias lembranças vai criar
Por onde ela passar




No meio da noite
Acordou e percebeu
Que não estava em casa

Não "em casa" literalmente
Percebeu que sua casa
Estava dentro de si
E não algo que a cerca
Entre tijolos e concreto

Fez as malas
Beijou seus pais ainda dormindo
Foi viver "sua casa"
Para o resto da vida

Ainda moça
Dona de sua própria vida
Deixou seu mundinho

Desbravadora
Louca, grita
Maltrapilha é o seu estilo

Ensinou a muitos como amar
Mas não quis se apegar

Ainda moça
Dona de sua própria vida
Deixou seu mundinho

Desbravadora
Louca, grita
Maltrapilha é o seu estilo

Várias lembranças vai criar
Por onde ela passar

domingo, 31 de outubro de 2010

O Mapa

Fui buscar um universo novo
O que já tinha dentro de mim
Eu deixei morrer aquilo
Que nunca soube cuidar

Nunca aprendi a lutar
Pelo o que é, de direito, meu
Apenas deixei o vento me levar
Nestes anos todos

Em cada escolha, uma renúncia há
Mas nunca consegui
Manifestar o que é correto
Talvez por ser prolixo
A ponto de me engasgar

Vou juntar as peças desse quebra-cabeças
Desvendo um mapa sem seguir o GPS
Aventurar-me pelo desconhecido
Fazer de algo novo, um aprendizado
Escrever tudo num caderno
Ocultar meu ego
Tentar apenas por um instante

Vou partir
Para o caleidoscópio da minha mente
Um coma induzido pelo erro
Mas sou ser humano
Eu erro e me arrependo

Se peço desculpas ou não
Nem faz tanta diferença assim
Não me importa se me engano
Continuo inconseqüente
Causo danos irreversíveis
Mas apenas em minha mente

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

"F" de Destino

 - Bom, antes de escrever mais um poema, aqui vai um lembrete pessoal:
Ditado popular - "Melhor ouvir isso do que ser surdo".
É exatamente por isso que eu escrevo.
Dou a opção das pessoas não precisarem ouvir minhas reclamações, meus anseios, minhas futilidades e meus amores..
Afinal, pra que conhecer as pessoas 100% se elas vão acabar nos magoando no final das contas?

Fiz uma pergunta
Fiz com que  minha astrologia
Não batesse com a sua
Fiz de mim o que não pude
Fizeram de conta que não fui
Fiquei atrelado aos meus princípios
Falta atitude para notar o talento
Fé e vontade que me prendem
Foi assim que começou
Fascínio pelo objetivo
Faz de conta que sou bom

Quebro paradigmas

Fiz de conta que regredi
Faço repetições inacabáveis
Falta-se seguir em frente
Fiz de mim de tudo um pouco
Fui jogando pérolas aos porcos
Fui-me embora de mansinho
Foi foda a falta de carinho
Fui...e
Apenas fui"

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Esboço de "Saudade"

Ainda sim, ria
De toda aquela idiotice que eu fazia
Ambos sabemos que não sou
Nunca fui engraçado
Aquela atenção toda voltada para mim
Me fazia especial

Lembranças que vão se apagando
Para o meu incerto desespero
Crio arquétipos que me suprem
A necessidade de um novo enredo

Ah, como era bom se sentir especial...

Amar de coração seria um honra
Palpar o sentimento
Volátil e melindre
Sou igual "cabelo na sopa"

E aí, amiga macabéia?!
Vamos jogar cartas hoje?

domingo, 17 de outubro de 2010

Rimar "AmOR" com "DOR" e "PaixÃO" com "CoraÇÃO"

Os olhos estão dispersos
A caneta corre pelo papel
Deixando seu rastro de tinta
Aleatório onde nada se explica

Não deixa de ser um fato
Mas a criação está alí
Na unção do azul com o tungstênio
Sobre a folha, seu traço

A leitura é incompreensível
Uma compreensão incomparável
O escolhido da temporada lê
Passeia os olhos, ele vê

O redator não aprende
Floreia sua apresentação com evolução
Diferentes formas de mostrar
Seus versos simplórios

É tão indiferente e irritante
Um momento de esperança estilhaçado
Que sofre ao recochitear a cara do autor
Não há mais sensibilidade ao sangrar

Recicla as letras, mas mantém a métrica
Se faz de vítima indefesa
Entrega os pontos de bandeja
Crucifica seu talento de tão pouco que era

Quem sabe na temporada que vem
Encontre alguém falso com quem tanto almeja
Enquanto isso, apanha mais uma vez
Aprendendo que nem tudo que se escreve
Deve ser lido por um outro alguém




 

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Curva Sinuosa a "Indireita"

O carro, guio no automático
Enquanto minha mente viaja

E nada além do que se sente
Sublimático momento, ensaio
A cena censurada de um take oprimido
Falas subentendidas que permanecem trancafiadas
Devendo milhões por não terem sido proferidas
No momento exato ao que foi-lhe proposto

Devem ser, amargurosamente lembradas
Enquanto mantenho esse celibato emocional

Freio o carro, quase bato
Soluço alto e volto a guiar meu alto

Faço curvas sinuosas
Que confundem-se com palavras
Diferente das retas comparadas
Às indiretas das miradas

Mesmo daqui até a padaria
Não deixa de ser uma viagem astral

(...)

Acho que está faltando pão em casa...
  

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Deixa eu

Distancio-me dos indivíduos
Poupando a dor e o desapontamento
Me aproximo de outros
Faço da felicidade o meu investimento

Depois me arrependo
Volto desde o começo
Buscando a redenção necessária
Para viver em harmonia comigo mesmo

Minha sensibilidade transita
Entre pensamentos opostos que me intrigam
E semelhanças que me fascinam
Quando é o prazo de validade?

Deixa eu continuar errando
Tá bom assim do jeito que está
Acho que melhor não podia ficar
Não dá pra me contentar com tudo o que tenho
Nem reclamar do que há de me faltar

Que, ora é pouco, ora é demasiado
Que hora posso te ligar?
Quando é que posso te ver?
Será que tudo isso é necessário?

Como posso te esquecer?
Deixe-me respirar no meu canto
Alimentar-me quando tenho fome
Mas, se der vontade, ouça o meu canto

Se quiser, tente me entender
Se puder, tente me amar
Sem querer receber nada em troca
Sem saber bem o porquê?

Será que é possível?
Insisto?
Desisto?
Você diz o que é pra ser

Só não sei se vou obedecer
Nem sei mais o que dizer
Mais acho que já está bom assim
Contento-me com a sublimação do meu ser

Acho que melhor não podia ficar
Não dá pra me contentar com tudo o que tenho
Nem reclamar do que há de me faltar

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Em nome do pai, do filho e.. do que mesmo?!

..."Orei errado
Roguei por absurdos infundados
Uma mentira deslavada
Dalí do púlpito
Atirei pedras sem pensar

(...)

Mas não acertei ninguém
Apenas rompi o frágil laço
A fonte que ligava o eu-lírico
Com o eu-lúdico

Alí, então, voei
Descí, corri, me diverti
Enfim...

...Estranhei a sensação de plena liberdade...

Aquilo fugiu da minha rotina
De tal maneira que me incomodou
Sem regras, sem lei

Considerava uma virtude
Por seguir as leis à risca
Mas isso era porque nunca fui
Ser capaz de fazer o contrário

(...)

Volto ao culto
Escolho uma fileira
Alí, ajoelho-me e volto a orar

Não vou implorar
Por algo insano com a lucidez
Por algo demente que me faz pensar
Na lobotomia que é composta por meu ser

Vou ajoelhar aqui
Rezar umas três horas
Cumprimentar quem ama maldizer-me
Pegar o meu carro
Ir-me embora
Semana que vem
Eu tô de volta"...

domingo, 26 de setembro de 2010

Anwers

...Esboço de letra de música em inglês, se pá (!)

I was in the middle of my research
To try to discover how it works
Stupid orgain that doesn´t stop to bump
It just likes to see me worse

Something tells me that´s my end
I guess I´m calling out for help
My heart has to behave
Or it will never be the same

Dismisstified my secrets
Gave me anwers  that made me cry
And it might find a reason
As the same way it tricks my mind

Denying this situation
And when it blows up
A single piece of me
You wont find

Like you realy care about it
But my thoughs fly high
It´s hard to fight
Against my heart

Maybe I could just realise
That life is much more that
Going on believing in something
That keeps me blind
I need to love me for me


Dismisstified my secrets
Gave me anwers  that made me cry
And it might find a reason
As the same way it tricks my mind

Denying this situation
And when it blows up
A single piece of me
You wont find

sábado, 25 de setembro de 2010

23:57

Não importa o quanto eu corra
Nunca vou te alcançar

Aprendi a venerar as sobras
De algo que nunca existiu
Contento-me com migalhas
Que encontro ajoelhado ao chão

Disperso meus pensamentos
Minutos antes de dormir
E o resultado que encontro
Fica atado em minha cama
Estirado no sofá
Esperando a próxima noite
Para deleitar-me com o imaginário

Sacio meus desejos
Com uma projeção no vazio que crio
Quero livrar-me desse fardo
Do abstrato dos seus beijos

(...)

...Mas deixa eu sonhar mais uma vez
Você, sinestesia, me abraça
Para que, em paz, eu possa dormir

E, quando eu acordar
Desvanece a sombra da utopia

Vou deixar o amor em minha mente
E ficará sempre comigo
Pois é assim que tem que ser
Eu andando sob o vago infinito

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Fim do Show

...E, com isso, chegamos ao fim do show
Muitos que aplaudem
Não sabem bem o porquê
É difícil dizer

Não esqueçam de seus casacos
Carteiras e, tampouco, suas blusas
Nem mesmo a vergonha
Esta que nem sempre usa

Dirijam com cautela
Muito cuidado ao atravessar a rua
Já é noite e prestem atenção
Àqueles que passam em sua direção

E pode ser ao contrário
Ao que lhes convém
O show continua
Com ou sem vocês


Desta vez, será contrário
Ao que lhes convém também
O show continua
Com ou sem vocês

Esta foi deixada
Do lado de fora da casa
E as que estão
Do lado de dentro do ser

Hão de serem exibidas
Em outro lugar, menos este
Que é de respeito
Ou, pelo menos, deveria ser

Preste atenção às suas escolhas
Veja qual porta entra e qual sai
Uma vez quando ultrapassada, é fechada
E não se pode mais voltar

Souberam de cor seus acentos
Antes mesmo me chegar?
Ou caçavam incessantes
Uma poltrona aleatória pra sentar?

No final das contas
Não importa onde sentaram
Todos assistirão o mesmo espetáculo
Mas por ângulos bem diferentes

Foram bons? 
Foram ruins?
Decidam-se entre si
Se hoje, são felizes
Escolheram sim estarem alí

E pode ser ao contrário

E pode ser ao contrário
Ao que lhes convém
O show continua
Com ou sem vocês

Desta vez, será contrário
Ao que lhes convém também
O show continua
Com ou sem vocês

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Breve Folga

Algumas coisas nunca mudam, mas espero  dar mais passos adiante como tenho feito desde o dia 1º de Janeiro desse ano...

Acordo eu
De mãos atadas em pessoas e personas
Ora felizes por estarem ali
Outrora angustiadas por fazerem parte do mesmo jogo

Se puxo os braços
Ambas vêm em minha direção
Se os afasto
Elas caem e me levam também ao chão

Ah, mas eu tive sim uma opção
Eu sabia donde estava me metendo
Se hoje, mimetizo gestos de aceitação
É para saciar o bom grado do ventríloquo em questão

O sinal disparou
É hora do almoço!
Descanso os pulsos com uma leve massagem
Revelo minhas angústias aos presentes à mesa e...

Triiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmm...

(!)

De volta ao trabalho
Será que, dessa vez
Os nós dos meus pulsos podem ser um pouco mais frouxos?
Prometo não cometer gafes e venerar meu ofício de cor!

Opa!
Falei em hora errada
Olhei para o lado
Fui condenado

Viva!
Não vejo a hora de cumprir o aviso prévio...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Entreolhares

..."Uma música clichê de amor... um desejo de apenas uma noite, ou de toda uma vida...pense o que quiser... só sei que tudo terminou no ponto final dessa poesia"...

..."Entreolhares acostumados
Flertam, flertam
O fato nunca é consumado

Linha tênue entre a paixão e o ódio
Descobrimos quando
Se está no ócio

Gestos bem conhecidos
Nunca mal interpretados
Olhares que nos despem um ao outro
Nos deixando vulneráveis

O ar pesa nessas horas
Não dá pra se aproximar
Rarefeito, quase sólido
Não consigo respirar

É importante a presença
Da ausência de se amar
Hoje é pra fazer bem feito
Pra nunca mais se entregar

(...)

O silencio há de imperar
E a lembrança, de surgir
Corpo cansado da noite passada
O desejo partiu

Não! Ele não foi embora
Daqui, na verdade, nunca saiu
Estava sonhando acordado
E você fitando-me à mais de uma hora"...

domingo, 15 de agosto de 2010

Fotofellings

Em uma aula qualquer, sempre há um momento em que a gente, por mais concentrado que esteja, sempre dá uma "viajada" na aula.
Eis aqui um exemplo de viagem: rs


Atrás do meio para emitir a mensagem
O emissor encontra-se regozijado
Algo celeste como uma aura
O envolvia em seu colo
Enquanto o som se propagava


Sua vista rendeu uma bela imagem
Que guarda em mente e tecnologia


(...)


O que é tecnológico emociona verdadeiramente?






"Minhas desequilibradas palavras são o luxo do meu silêncio."
Clarice Lispector

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Apedrejamento no Islã e minha reflexão "Branco"

SAKINEH

Mãe de dois filhos, Sakineh Mohammadi Ashtiani foi condenada em maio de 2006 a receber 99 chibatadas por ter um "relacionamento ilícito" com um homem acusado de assassinar o marido dela. Sua defesa diz que Sakineh era agredida pelo marido e não vivia como uma mulher casada havia dois anos, quando houve o homicídio.

Mesmo assim, Sakineh foi, paralelamente à primeira ação, julgada e condenada por adultério. Ela chegou a recorrer da sentença, mas um conselho de juízes a ratificou, ainda que em votação apertada --3 votos a 2.

Diplomatas iranianos afirmam que foi encerrado o processo de adultério e que a mulher é acusada "apenas" pelo assassinato do marido.

Os juízes favoráveis à condenação de Sakineh à morte por apedrejamento votaram com base em uma polêmica figura do sistema jurídico do Irã chamada de "conhecimento do juiz", que dispensa a avaliação de provas e testemunhas.

Assassinato, estupro, adultério, assalto à mão armada, apostasia e tráfico de drogas são crimes passíveis de pena de morte pela lei sharia do Irã, em vigor desde a revolução islâmica de 1979.

Um abaixo-assinado online lançado há dois meses devolveu o caso ao centro das atenções. Em julho passado, pressionada, a Embaixada do Irã em Londres afirmou que Sakineh não seria morta por apedrejamento --sem, no entanto, descartar que ela fosse morta, porém por outro método, provavelmente o enforcamento.

O embaixador Shaterzadeh não confirmou os relatos de que a pena de morte por apedrejamento tenha sido substituída por enforcamento. Segundo ele, o processo está em curso e ainda não foi encerrado, por essa razão há possibilidade de alterações.

Fonte: UOL.

E essa é a "famosa" punição!
Esse vídeo contém cenas reais!
http://www.youtube.com/watch?v=srDnK_V7J78

..e, refletindo sobre o tema, escrevi essa poesia:

Branco

..."O branco cobre a face nua
Sua simbologia é serena e frágil
Conivente e amedrontada
Alí está a presa diante ao caçador

A multidão está toda na rua
Não precisa de uma destreza hábil
E dá-se início a enxurrada
A forma sólida da culpa torna-se em dor

O branco substitui-se pelo vermelho
E eis que uma fresta para o exterior é aberta
Por ela, observa-se o ódio, a vingança e a projeção
Travestidos de justiça, fé e esperança

Ao final, nota-se um grande espelho
Onde a crença é revestida de sangue
Jorra ao mundo a incerteza do fato
Afinal, deve-se acreditar na mudança?"...

sábado, 7 de agosto de 2010

Envy....

... “Seu desejo transpira pelos poros
Na secura para assistir
O meu fracasso como ser
Você não mede esforços

Brandas são as atitudes
A intenção, quase convicta
Se mostra mais terrível
Do que o crime na favela

O recalque estampa o seu rosto
O cinísmo é impecável
Seu olhar é profano
Sua sede é de sangue

Vamos ver quem mais perdura
Dois tapas no chão
Indicam o fim da guerra
Chegamos à uma conclusão

E o fato de você não se encontrar
À minha altura para degladiar
Te frustra e faz a cada dia
Ter minha pessoa para se odiar” ...

Tá bom, vai...

Nem sei direito o porquê do nome do blog. Acho que se trata das incertezas da vida que nos faz manter sãos ou arriscar caminhos antes não explorados por nós mesmos.
Tá, eu não sei explicar.
Só sei que postarei aqui alguns devaneios de minha pessoa que surgem nos momentos mais inoportunos do meu cotidiano.

Apesar de não ser fumante, escrevi versos essa semana que lembraram momentos de reflexão que tive nos últimos meses após algumas mudanças drásticas em minha vida...

Bom! Chega de filosofar e vamos ao poeminha...rsrs

..."A pequena brasa era refletida
Pelos olhos desatentos intimidados
A branda fumaça se perdia
Em meio à neblina da rua
A cidade já não era mais a mesma

A nicotina era agradável
Passava dentre meus pulmões
Massageando-os carinhosamente
Aquecendo o meu corpo gélido
Naquela noite de terça-feira

Sentia-me reflexivo
Fitava a paisagem
Mas admirava meu amor
Pelos cantos dos meus olhos

Eu perguntava-me por que agia assim
Por que meu desejo olha por mim
Por que estávamos alí

Era um pretexto?
Minha maldade?
Sua inocência?
Ou a nossa cumplicidade
De um para com o outro?

A brasa extinguiu
E, junto com ela, essa estranha sensação
De destruição humana que agora emana
O vazio do que sobra
Além da névoa que me abraça"...