quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Deixa eu

Distancio-me dos indivíduos
Poupando a dor e o desapontamento
Me aproximo de outros
Faço da felicidade o meu investimento

Depois me arrependo
Volto desde o começo
Buscando a redenção necessária
Para viver em harmonia comigo mesmo

Minha sensibilidade transita
Entre pensamentos opostos que me intrigam
E semelhanças que me fascinam
Quando é o prazo de validade?

Deixa eu continuar errando
Tá bom assim do jeito que está
Acho que melhor não podia ficar
Não dá pra me contentar com tudo o que tenho
Nem reclamar do que há de me faltar

Que, ora é pouco, ora é demasiado
Que hora posso te ligar?
Quando é que posso te ver?
Será que tudo isso é necessário?

Como posso te esquecer?
Deixe-me respirar no meu canto
Alimentar-me quando tenho fome
Mas, se der vontade, ouça o meu canto

Se quiser, tente me entender
Se puder, tente me amar
Sem querer receber nada em troca
Sem saber bem o porquê?

Será que é possível?
Insisto?
Desisto?
Você diz o que é pra ser

Só não sei se vou obedecer
Nem sei mais o que dizer
Mais acho que já está bom assim
Contento-me com a sublimação do meu ser

Acho que melhor não podia ficar
Não dá pra me contentar com tudo o que tenho
Nem reclamar do que há de me faltar

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