..."Orei errado
Roguei por absurdos infundados
Uma mentira deslavada
Dalí do púlpito
Atirei pedras sem pensar
(...)
Mas não acertei ninguém
Apenas rompi o frágil laço
A fonte que ligava o eu-lírico
Com o eu-lúdico
Alí, então, voei
Descí, corri, me diverti
Enfim...
...Estranhei a sensação de plena liberdade...
Aquilo fugiu da minha rotina
De tal maneira que me incomodou
Sem regras, sem lei
Considerava uma virtude
Por seguir as leis à risca
Mas isso era porque nunca fui
Ser capaz de fazer o contrário
(...)
Volto ao culto
Escolho uma fileira
Alí, ajoelho-me e volto a orar
Não vou implorar
Por algo insano com a lucidez
Por algo demente que me faz pensar
Na lobotomia que é composta por meu ser
Vou ajoelhar aqui
Rezar umas três horas
Cumprimentar quem ama maldizer-me
Pegar o meu carro
Ir-me embora
Semana que vem
Eu tô de volta"...
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