sábado, 25 de setembro de 2010

23:57

Não importa o quanto eu corra
Nunca vou te alcançar

Aprendi a venerar as sobras
De algo que nunca existiu
Contento-me com migalhas
Que encontro ajoelhado ao chão

Disperso meus pensamentos
Minutos antes de dormir
E o resultado que encontro
Fica atado em minha cama
Estirado no sofá
Esperando a próxima noite
Para deleitar-me com o imaginário

Sacio meus desejos
Com uma projeção no vazio que crio
Quero livrar-me desse fardo
Do abstrato dos seus beijos

(...)

...Mas deixa eu sonhar mais uma vez
Você, sinestesia, me abraça
Para que, em paz, eu possa dormir

E, quando eu acordar
Desvanece a sombra da utopia

Vou deixar o amor em minha mente
E ficará sempre comigo
Pois é assim que tem que ser
Eu andando sob o vago infinito

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