sábado, 19 de fevereiro de 2011

Cantando ao Léu

..."Os sons da minha voz se propagam pelo ar
Opacos, inexpressivos, irrelevantes
Porquê os profiro incessantemente
Se não há mais rastro de sentimento?

Tão vazio e cheio de uma falsa razão
Distraído e atento a uma nova direção
Corro para os lados tenso e aflito
Buscando um meio de compreensão

Mas, como compreender é desnecessário
Prefiro apagar as falsas chances que a lealdade nos dá
Algo que só se perde uma vez
Pra quê se importar se nem diferença isso faz?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

"L" de Perdedor

Descobri algo hoje
Algo que causa estranheza sobre minha pessoa
Uma admiração revestida de piedade por um talento único
Realmente sou muito bom
Só ví em filmes alguém tão bom quanto eu
Mas nunca melhor
Descobri que sou um excelente perdedor

Daqueles que cumprimenta o vencedor alegremente
O admira por ter se esforçado
Quase que esquecendo as noites em claro em que passei
A angústia que me perseguiu
Todo o tempo que perdi

E descobri que sou muito bom em perder coisas
Talvez por voar demais
Em vez de viver a vida que ainda tenho
Por que será que sinto não merecer o que tanto quero?
Seria esse um anti-egoísmo meu?

...é, a busca continua...
Será que mereço uma medalha?