sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Apedrejamento no Islã e minha reflexão "Branco"

SAKINEH

Mãe de dois filhos, Sakineh Mohammadi Ashtiani foi condenada em maio de 2006 a receber 99 chibatadas por ter um "relacionamento ilícito" com um homem acusado de assassinar o marido dela. Sua defesa diz que Sakineh era agredida pelo marido e não vivia como uma mulher casada havia dois anos, quando houve o homicídio.

Mesmo assim, Sakineh foi, paralelamente à primeira ação, julgada e condenada por adultério. Ela chegou a recorrer da sentença, mas um conselho de juízes a ratificou, ainda que em votação apertada --3 votos a 2.

Diplomatas iranianos afirmam que foi encerrado o processo de adultério e que a mulher é acusada "apenas" pelo assassinato do marido.

Os juízes favoráveis à condenação de Sakineh à morte por apedrejamento votaram com base em uma polêmica figura do sistema jurídico do Irã chamada de "conhecimento do juiz", que dispensa a avaliação de provas e testemunhas.

Assassinato, estupro, adultério, assalto à mão armada, apostasia e tráfico de drogas são crimes passíveis de pena de morte pela lei sharia do Irã, em vigor desde a revolução islâmica de 1979.

Um abaixo-assinado online lançado há dois meses devolveu o caso ao centro das atenções. Em julho passado, pressionada, a Embaixada do Irã em Londres afirmou que Sakineh não seria morta por apedrejamento --sem, no entanto, descartar que ela fosse morta, porém por outro método, provavelmente o enforcamento.

O embaixador Shaterzadeh não confirmou os relatos de que a pena de morte por apedrejamento tenha sido substituída por enforcamento. Segundo ele, o processo está em curso e ainda não foi encerrado, por essa razão há possibilidade de alterações.

Fonte: UOL.

E essa é a "famosa" punição!
Esse vídeo contém cenas reais!
http://www.youtube.com/watch?v=srDnK_V7J78

..e, refletindo sobre o tema, escrevi essa poesia:

Branco

..."O branco cobre a face nua
Sua simbologia é serena e frágil
Conivente e amedrontada
Alí está a presa diante ao caçador

A multidão está toda na rua
Não precisa de uma destreza hábil
E dá-se início a enxurrada
A forma sólida da culpa torna-se em dor

O branco substitui-se pelo vermelho
E eis que uma fresta para o exterior é aberta
Por ela, observa-se o ódio, a vingança e a projeção
Travestidos de justiça, fé e esperança

Ao final, nota-se um grande espelho
Onde a crença é revestida de sangue
Jorra ao mundo a incerteza do fato
Afinal, deve-se acreditar na mudança?"...

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