quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Erros...

O mundo dá voltas
E sei que, de alguma forma

Busco motivos para esclarecer

O presente da atual situação



Que daí então, torna-se pertinente

Plausível e compreensiva

Essa forma de como as coisas se tornaram

O que um dia eram e, hoje, são


Entrego meus sentimentos à liberdade

Para seguir um rumo diferente

Como o curso de um rio que flui

Fui obrigado a ceder como sempre quis



Não há culpa minha e de mais ninguém

Apenas um objetivo cumprido

E uma etapa que se concluiu



E que, dela, com erros e acertos

Evoluí

Entendendo os meus sentimentos

Eu cresci

Lamentando pelos que desviaram de seu caminho

Eu insisti

Foi aí que percebi

Que, simplesmente, a vida não é assim

Mais um ano se vai


E aprendo a abrir mão daquilo que consumi



Que cada um aprende com os seus erros

Gênio aquele que aprende com os dos outros

E eu, que ví os dos outros

Cometi meus próprios erros

Não aprendi de primeira com eles

Mas descobri novas formas de errar



E tudo o que peço hoje é tempo

Não para consertar o que quebrei

E acertar onde errei

Mas ser feliz por ter tempo

De continuar a ser quem eu sou

E permanecer feliz

Ao lado de quem me aceita

Assim como sou

sábado, 2 de julho de 2011

Subsolo

Estou forçando as coisas


Algo que não deveria ser

Natural já mais não é

E esse “ar” de superioridade

Me esmaga a cada gesto

Cada palavra me ataca

Faz-me sentir pena de mim

Culpado por respirar

Um insulto, só eu por pensar

Uma agressão por falar

Tão fora do contexto

Apenas uma figuração

Que não passou de uma temporada

Quase a sinopse de um filme “B”

Sem enredo definido

Um personagem some sem, ao menos, nos explicar

O filme/vida que não se importa ou apenas esqueceu

Essa é a minha presença

Que vaga perambulando pelo finito gesto de reconhecimento

Atada a um encosto eterno que denota a sina crescente

Até que tudo se exploda

Até que a morte nos separe

domingo, 12 de junho de 2011

Cycles

..." If things don´t change
It´s time to get over
Move on again

With a couple of tears in my eyes
And a lot of pain inside
I learned my lesson very well
Even know I´m not strong enough
I know I won´t die for such a thing
But I wanna enjoy this
Moments of suffering

´Cos I know
It will have an end
Everything has an end
And, for every "end"
A new beggining is written

Bringing lots of laughs and tears
A new cycle has to beguin
And I keep living it
Until my body allows me to

But I can´t just replace someone
Just I do with something
People are unique
So we are too
But somebody touches someone
Like I was indeed
But I didn´t do it
With the one I miss

That´s why I go on
With my heart in my mouth
Wanting  to hear my name once again
At the end of the day
With a lack of hope on us
But it´s almost twillight
And I runaway

sábado, 21 de maio de 2011

21 Metros

Condições aceitas sem pestanejar


Fui manipulado para impô-las

E, numa tentativa de forçar algo que iria além da natureza alheia

Criei essa muralha que, de longe, faz-se enxergar



De fato, foi aquele um bom trabalho

E eu caí direitinho na armadilha

Porém, eu, velho como estou

Não tenho mais forças para sair de lá

Muito menos forças para o muro derrubar



Vou ficar sentado aqui

Apenas quieto no meu canto

Antes de esbravejar em vão por ser quem sou

Pois ainda não consigo nem levantar a mão



Lamento pelo silêncio e pelas ações

Já nebulosas em minha mente

Lembranças foram algo

Que nem se sabe quando começaram

Fizeram-me escravo de mim

Onde a manipulação foi executada com maestria



Dou os parabéns ao maestro

Afinal, conseguiu tornar-me mais gélido do que sempre fui...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cronos, o Dita-dor...

O Silêncio clama por distância
E, por respeito, obedecemos
A Liberdade tão sonhada (!) é conquistada
Resta apenas o lamento tardio
Dalí, então, resta apenas Lembrança
Alí, não resta mais nada

Acostuma-se com a nova realidade
Onde a fonte fora toda consumida
Pois Cronos nunca descansa de seu trabalho
A ampulheta de fogo se estinguira

E mesmo com aquele conglomerado de angústia
As pessoas desvanecem-se num piscar de olhos
Nem fazem parte daquelas com suas réstias
Que o tempo fez com que parássem de existir

Abraça-te forte
Casa-se com sua alma
A solidão, sua alma gêmea
E o esboço de felicidade que viveu, morreu
Viverá para sempre na sua história
Nosso espírito jaz
Enquanto nosso "eu" biológico
Espera sem pressa por sua hora...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Só Isso

Intercalados num ritmo envolvente


Onde as juras perdem suas forças

O olhar sofre por antecipação



Meus dedos se perdem

Entrelaçados em seus cabelos

Minhas asas quebradas encontram abrigo

Juram por algo real

Porém, incompreensível

Explico a ela o porquê de tudo isso

Não desisto


Pois não preciso de mais nada

E abandono a incerteza

A falta de confiança

O desejo de destruição se desvanece

Com um pedaço de você

Que carrego comigo

A redundância torna-se necessária

Tanto quanto o ar que respiro

Mesmo que seja egoísmo

Eu divido com você



Conquiste seu espaço e venha me encontrar

Vamos traçar uma rota para o final do mundo

Onde lá prometo, não minto

Eu serei eu e mais ninguém

E você pode fazer de mim o que quiser

Onde lá, chega de jogos!

E trapaças, nunca mais!

Só eu e você

Nessa redoma que criamos

Invencível ao que perece

Que persiste em sucumbir

O silêncio explica tudo

Por mim, é só isso

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Tradução de Eduardo - O Nome Ouvido Pela Primeira Vez

Um pouco de tudo
Mas, ainda sim, é pouco
Quase nada

Ainda sim, é nada
E nenhum e coisa alguma
E assim será

E assim vai ser melhor
E assim é bom aos olhos do senhoR

...Afinal, tinha que ser bom pra alguém no final das contas
Menos pra mim...

Que não é pouco
É muito de um menos
É menos tudo

É um tudo igual a nada
Igual a coisa alguma
É igual, pois nada mudou
Pois nunca foi

Nunca é
Nunca será...
Será?
Já o é!
Tudo bem...

domingo, 24 de abril de 2011

Estrelas

..."Foquei meus olhos para pensamentos longínquos quase não lembrados
E o tom de ironia prepondera-se ao extremo na frase acima
Então cochilei e esqueci
Apenas não sonhei, descansei

Respirei o ar que, de mim, era constantemente retirado
Pelo emaranhado de fumaças mescladas
Cigarros, carros, baralhos e verdades

Fitei o céu escuro
Que costumava ser nebuloso
Pelo mar de gases já citados

Agora, límpido e exclarecedor
Ditava rotas, não mais, de fuga
Mas sim, de partida

Foi aí que a "Três Marias" me indicavam o caminho
E o "Leão Menor" manteve-me hipnotizado
Alí notei algo que envolvia seu traçado
Mas foi Antares, o Coração do Escorpião
Que me lembrou do seu legado

E eu, alí, calado, compreendí
Que, de parado, já basta
O meu estado enquanto as fito
Em procura de respostas
Algo que só encontrarei aqui em baixo
Eu, amparado, afio as pinças
Recolho a calda e rumo para outro lugar"...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

...Birth...

Hoje, quase nem deu para segurar... não segurei
Errei a data e escrevi no seu dia
Lembrei-me daquele belo bolo confeitado
Com cores vívidas de nossa pátria-mãe
Do qual, nunca sentirei o gosto
Pareria tão feliz...

Gostaria que me ensinasse a sê-lo assim
Qual segredo escondia aquele belo sorriso?
E eu, que nunca consegui pedir desculpas
Por não aceitar o seu jeito sentimental ao extremo
Hoje choro por dentro da casca do homem-ogro que me tornei

Nem sei mais o que é saudades
Apenas solidão...
E é profunda
E é triste
E é sem volta
É simples assim
Tão simples quanto um adeus
Que, por Deus, não tem fim
Enfim... deixa assim
Eu aqui
E você...
Volta pra mim...
Volta que a sua mãe tá te chamando...
Tá morrendo de preocupação...
Está morrendo...de saudades...
E eu também...
Pare de fazê-la sofrer..
Se não volta por mim?
Volte por ela quem te criou...
Que sofre a cada dia
Pela perda de sua filha
Aaaaahhh...




Aninha...
*13/04/1981 + 13/12/2005

...Birthday for you...

Que dia triste...

..."I climbed the highest mountain
Trying to search for the meaning
The reason why you´re not here
And I keep looking for you
I runaway from this fear
Anyway, Help me, please

Somehow, I think I´m next to you up here
Still felling lonely
Wherever you´ll be
Listen

Please, come downstairs one more time
Talk about the weather
Talk it every time
Talk about everything
Lemme hear your voice
See again your smile
Lemme try
Ispire me todo the same

You know you´re the one I miss
It doesn´t matter where I´ll be
I won´t stop thinking
I can´t stop thinking
I just keep felling
That I´m just half somebody
Without you with me

I pray for the stars
And wondering that
You are watching over me
Where are you?
Are you hiding in the clouds
Stop playing
I need you now

It doesn´t matter
How you´ll gonna show up
Just make sure that
Whatever it will be
I´ll know it´s you"...

domingo, 27 de março de 2011

Sentimento Saciável

Nossa!
Mais uma noite em claro, eu passei.
Os casais se formando, e eu pensei:
Alí não é grau de afinidade
Não é como se um soubesse dos defeitos do outro
Mesmo assim, estão ambos alí

Esse  instinto estranho que nos toma conta
Sentimento compulsivo de procriar
Não tem nada a ver com sentimento
Mesmo assim, continuamos nos permitindo
Outras pessoas nos conheçam "melhor"
Do que aquelas que gostaríamos que nos conhecessem

É tão tosco ter sentimentos por alguém que não compartilha dos mesmos por você...

Acho que essa é a limitação do ser humano
Porque, afinal, somos todos egoístas e só queremos aquilo que nos satisfaz
O problema é que, quando nos alimentamos, saciamos algo vital
Se nos exercitamos, ganhamos força para sobreviver melhor
Se temos desejo de sexo, simplesmente vamos à "caça"

Isso é quase que um insulto para o corpo humano
Por pedir algo tão intensamente que, no fim das contas,
Não te proporcionará nenhum benefício existencial.
Apenas o flagelo mental que refleriá no físico de cada um
E de onde surge esse desejo em amar e ser amado?!

Muito pelo contrário
Mesmo quando o sentimento é recíproco
Sempre há o momento em que as brigas surgem
As desconfianças de um para com o outro
A mágoa, a desilusão e o rompimento de algo que era pra ser apenas "saciado".
E, assim então, concluirmos nossa missão.

Mas estamos aqui.
Estudando, trabalhando, consumindo, se perguntando
Será que vamos nos entender
Com alguém que compartilha dos mesmos sentimentos
Que eu e você?

 

domingo, 13 de março de 2011

Fade out...

Não prendo-me a estilos
Sou ser facilmente seduzido pela música
Deixo ela me levar
Para um mundo desconhecido
Nunca antes explorado

Ela nunca me decepciona
Sempre se mostra ao meu lado
Dela, sou fiel
Eé uma pena, pois sempre me apaixono
E a compartilho com milhares

E eu, que sou ciumento
Sofro da angústia e da solidão
Quando seus pouco mais de três minutos
Encerram aquele momento de carinho
Eles se acabam
E eu fico sozinho

Aperto o "replay"
Mas o momento se foi
Eis que surge a lembrança
Da fantasia criada pela melodia

Continuo voando
Me apaixonando
|Me iludindo
Me fodendo
E sempre dou o "play" outra vez...

"Bem vindo ao celibato musical!"

quarta-feira, 9 de março de 2011

Egofútil

Desistí da curiosidade alheia
Do fitar por fitar
Da falha sensação de empatia
Do desejo de querer ser amado
Fútil, fútil, fútil...E egoísta

Não consigo viver
Sem desprender-me destes adjetivos

O egoísmo
Sacia o minhas vontades de querer tudo
Enquanto o tal fútil
Supre as necessidades do dito cujo
Que este, quando só, nunca deu conta

Juntos
Ensinaram-me a jogar sujo
Argumentando que o tempo é curto

Que a primavera da vida
Uma vez, próxima ao fim
Esgota-se a ampulheta
E é preciso agir rápido
Ou assisto, dessa novela, seu final

Jogo os dados...
...e seja o que Deus (eu) quiser...

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Cantando ao Léu

..."Os sons da minha voz se propagam pelo ar
Opacos, inexpressivos, irrelevantes
Porquê os profiro incessantemente
Se não há mais rastro de sentimento?

Tão vazio e cheio de uma falsa razão
Distraído e atento a uma nova direção
Corro para os lados tenso e aflito
Buscando um meio de compreensão

Mas, como compreender é desnecessário
Prefiro apagar as falsas chances que a lealdade nos dá
Algo que só se perde uma vez
Pra quê se importar se nem diferença isso faz?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

"L" de Perdedor

Descobri algo hoje
Algo que causa estranheza sobre minha pessoa
Uma admiração revestida de piedade por um talento único
Realmente sou muito bom
Só ví em filmes alguém tão bom quanto eu
Mas nunca melhor
Descobri que sou um excelente perdedor

Daqueles que cumprimenta o vencedor alegremente
O admira por ter se esforçado
Quase que esquecendo as noites em claro em que passei
A angústia que me perseguiu
Todo o tempo que perdi

E descobri que sou muito bom em perder coisas
Talvez por voar demais
Em vez de viver a vida que ainda tenho
Por que será que sinto não merecer o que tanto quero?
Seria esse um anti-egoísmo meu?

...é, a busca continua...
Será que mereço uma medalha?

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Talvez...

...Talvez o Silêncio expresse
Muito mais do que tenho a dizer
Às vezes, nem é tanto assim
Talvez alguém possa esclarecer

O suspiro que apenas representa ele mesmo
E os olhos cansados
Que são uma tentativa de gerar empatia
Disfarçam o trabalho mal realizado

Mas o desânimo está ali presente
E o estresse domina o pensamento
Mantenho-me cauteloso perante alucinógenos
Preservo a ideia como lembrete pessoal

Estes são os desafios de um novo degrau
De uma escada que talvez nem queira trilhar
Mas já dei o primeiro passo
Vamos ver onde isso vai dar...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

pensamentos vagos

Ando com pensamentos vagos
Quando me dou conta
Me perdi no limbo
Esqueci o texto
Nem sei mais meu caminho
Não mais me entretenho

Busco por esse objetivo louco
Que desanima e ofusca a razão
Viver torna-se tedioso
Tenso, Frio, Tenebroso
Preciso focar
Tentar esquecer
Seguir em frente
Me querer bem outra vez

Vou me buscar
Onde esqueci
O meu eu por todo sempre
Esquecido no canto onde deixei

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Voz

Escuto uma voz
Quase que como um sussurro
Mas não me apego a detalhes

Pisando em solo conhecido
Para mim, é como um lar
Neste território, tudo domino
Controlo, dito o ritmo
Mostro o caminho
Aqui sou rei

(...)

Aquela voz chata não me deixa
Porque não não dá-se teu próprio fim?
Porque não se afoga em sua própria saliva?
Quem liga para o que queres proferir?
Por acaso sou eu quem dá valor?
Tentativas frustradas de demonstrar amor?

Deixa eu em meu domínio
Guiando meu próprio destino
Capitão do meu futuro
Eu ordeno e sou obedecido

(...)

Não acredito que ainda está aqui
Ser egoísta que, graças a mim
Não tem poder nenhum
sobre nada
Sobre ninguém
nem sobre sí

Nem minha indiferença te mata
Maldito eco imortal
Preciso me afastar de você
pois você não irá a lugar algum

(...)

O silêncio
Será que acabou?
A voz se cansou?
Voltou para casa?
O que será que aconteceu com aquela voz?

Porque me questiono?
Gostava eu daquela voz?

(...)

Agora é tarde
Mas, no fim das contas
Tanto faz que tanto fez
Pois então se foi
O que fazer?

Vou seguir estrelas
Pois meu coração
Impedido de opinar
Viverá de castigo
Por tanto me...




...mostrar que sou humano

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Brinde

Sempre reclamei
Do emprego que eu não gosto
E mudei
Procurei ares que me façam pertencer
Á esse ciclo afinal
Ser meu melhor amigo
Encontrar meu ideal


Ontem contruí
Uma canção de amor
Com suor, a moldei
Eu segui o meu coração que é solidário
Ao contrário da razão
Que é de porcelana
E se estatelou ao chão

Não importei-me
Dei um fim
Ao passado, fiz um brinde
Comemoro a vitória
Sem honra ou sem história

Reclamei e decidi
Eu faço o meu destino
Mesmo se o mundo diz pra não fazer

Ontem eu orei
Pedi a Deus
Que me transforme em um novo ser
Nem eu mesmo acreditei
Recorri a algo assim tão irreal
Eu to desesperado
Lobotomia me faz mal

Não importei-me
Dei um fim
Ao passado, fiz um brinde
Comemoro a vitória
Sem honra ou sem história

Reclamei e decidi
Eu faço o meu destino
Mesmo se o mundo diz pra não fazer