sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Voz

Escuto uma voz
Quase que como um sussurro
Mas não me apego a detalhes

Pisando em solo conhecido
Para mim, é como um lar
Neste território, tudo domino
Controlo, dito o ritmo
Mostro o caminho
Aqui sou rei

(...)

Aquela voz chata não me deixa
Porque não não dá-se teu próprio fim?
Porque não se afoga em sua própria saliva?
Quem liga para o que queres proferir?
Por acaso sou eu quem dá valor?
Tentativas frustradas de demonstrar amor?

Deixa eu em meu domínio
Guiando meu próprio destino
Capitão do meu futuro
Eu ordeno e sou obedecido

(...)

Não acredito que ainda está aqui
Ser egoísta que, graças a mim
Não tem poder nenhum
sobre nada
Sobre ninguém
nem sobre sí

Nem minha indiferença te mata
Maldito eco imortal
Preciso me afastar de você
pois você não irá a lugar algum

(...)

O silêncio
Será que acabou?
A voz se cansou?
Voltou para casa?
O que será que aconteceu com aquela voz?

Porque me questiono?
Gostava eu daquela voz?

(...)

Agora é tarde
Mas, no fim das contas
Tanto faz que tanto fez
Pois então se foi
O que fazer?

Vou seguir estrelas
Pois meu coração
Impedido de opinar
Viverá de castigo
Por tanto me...




...mostrar que sou humano

Nenhum comentário:

Postar um comentário