SAKINEH
Mãe de dois filhos, Sakineh Mohammadi Ashtiani foi condenada em maio de 2006 a receber
99 chibatadas por ter um "relacionamento ilícito" com um homem acusado de assassinar o marido dela. Sua defesa diz que Sakineh era agredida pelo marido e não vivia como uma mulher casada havia dois anos, quando houve o homicídio.
Mesmo assim, Sakineh foi, paralelamente à primeira ação, julgada e condenada por adultério. Ela chegou a recorrer da sentença, mas um conselho de juízes a ratificou, ainda que em votação apertada --3 votos a 2.
Diplomatas iranianos afirmam que foi encerrado o processo de adultério e que a mulher é acusada "apenas" pelo assassinato do marido.
Os juízes favoráveis à condenação de Sakineh à
morte por apedrejamento votaram com base em uma polêmica figura do sistema jurídico do Irã chamada de "conhecimento do juiz", que
dispensa a avaliação de provas e testemunhas.
Assassinato, estupro, adultério, assalto à mão armada, apostasia e tráfico de drogas são crimes passíveis de pena de morte pela lei sharia do Irã, em vigor desde a revolução islâmica de 1979.
Um abaixo-assinado online lançado há dois meses devolveu o caso ao centro das atenções. Em julho passado, pressionada, a Embaixada do Irã em Londres afirmou que Sakineh não seria morta por apedrejamento --sem, no entanto, descartar que ela fosse morta, porém por outro método, provavelmente o enforcamento.
O embaixador Shaterzadeh não confirmou os relatos de que a pena de morte por apedrejamento tenha sido substituída por enforcamento. Segundo ele, o processo está em curso e ainda não foi encerrado, por essa razão há possibilidade de alterações.
Fonte: UOL.
E essa é a "famosa" punição!
Esse vídeo contém cenas reais!
http://www.youtube.com/watch?v=srDnK_V7J78
..e, refletindo sobre o tema, escrevi essa poesia:
Branco
..."O branco cobre a face nua
Sua simbologia é serena e frágil
Conivente e amedrontada
Alí está a presa diante ao caçador
A multidão está toda na rua
Não precisa de uma destreza hábil
E dá-se início a enxurrada
A forma sólida da culpa torna-se em dor
O branco substitui-se pelo vermelho
E eis que uma fresta para o exterior é aberta
Por ela, observa-se o ódio, a vingança e a projeção
Travestidos de justiça, fé e esperança
Ao final, nota-se um grande espelho
Onde a crença é revestida de sangue
Jorra ao mundo a incerteza do fato
Afinal, deve-se acreditar na mudança?"...